Manter uma boa higiene oral é essencial para a saúde bucal, já que esse hábito deixa os dentes livres de problemas na gengiva, do mau hálito e das cáries. No entanto, está enganado quem acha que a falta de cuidado com a boca somente provoca esses problemas. Na verdade, existem outras doenças graves que se relacionam com a falta de higiene — e uma delas é a endocardite.
Essa patologia é provocada por uma bactéria que atinge o endocárdio, camada que reveste o interior do coração. Esse problema tem como causa os micro-organismos que chegam ao órgão por meio da corrente sanguínea.
Ficou interessado? Quer saber mais o que é a endocardite, suas causas, os sintomas e como tratar? Então, não perca o nosso post. Boa leitura!
O que é a endocardite?
A endocardite é caracterizada por uma inflamação do tecido de revestimento interno do coração, principalmente as válvulas cardíacas. Em geral, esse problema surge quando uma bactéria de outra parte do corpo, como a da boca, se espalha pela corrente sanguínea até atingir o coração.
Quando o sangue passa dos átrios para os ventrículos, essas válvulas têm a função de impedir a volta desse líquido, o que mantém o fluxo sempre na mesma direção. São elas que podem ser infectadas. Caso não seja tratada de modo correto, a doença danifica ou destrói as válvulas cardíacas causando complicações.
Quais são os tipos de endocardite?
De maneira geral, existem dois tipos de endocardite. Veja, a seguir.
Endocardite aguda
A endocardite aguda tem um quadro de evolução rápido e a doença costuma afetar vários órgãos, como os rins, o fígado, os pulmões e o cérebro. Por isso, é fundamental que o paciente visite um médico imediatamente, já que se o problema não for detectado a tempo, a pessoa pode vir a óbito.
Esse tipo é mais frequente em usuários de drogas e o indivíduo pode ter frequência cardíaca acelerada, febre elevada e um dano extenso de uma válvula cardíaca.
Endocardite subaguda
Os sintomas da endocardite subaguda duram por mais de um ano e, em geral, a pessoa sente sudorese, febre leve e fadiga. Esse tipo é muito comum em quem tem piercing em algumas regiões do corpo, como a língua ou pessoas que sofrem com o câncer colorretal.
Quais são as causas da doença?
A doença surge quando micro-organismos entram na corrente sanguínea e chegam até o coração (em geral, com alguma condição de saúde preexistente) e se ligam ao tecido ou às válvulas. Na maioria dos casos, essa infecção é causada por bactérias, porém vírus e fungos também ocasionam o problema.
Normalmente, os agentes infecciosos entram no sangue por meio de:
- procedimentos odontológicos, como aqueles que provocam cortes na gengiva;
- agulhas ou cateteres;
- regiões com infecções, seja no intestino, seja na pele ou por meio de doenças sexualmente transmissíveis;
- bactérias presentes em cáries na gengiva inflamada ou nos dentes;
- usuários de drogas injetáveis.
Quais são os sintomas?
A endocardite se desenvolve de modo súbito ou gradual. Esse fator depende de quais infecções estão originando a doença e se a pessoa já apresenta algum histórico de problema cardíaco. Confira, a seguir, os principais sintomas desse problema.
Mucosas e manchas no corpo
A presença de manchas roxas ou vermelhas na pele, ou mancha branca dentro da boca ou nos olhos, começa a aparecer nos pacientes com endocardite.
Tosse persistente
O paciente com endocardite bacteriana pode sofrer com tosses que começam sem motivo aparente e não desaparecem com facilidade.
Suor excessivo à noite
Outro sinal muito comum de que o indivíduo contraiu a doença é o calor excessivo causando muito suor enquanto dorme. Assim, se esse problema acontecer por muitas noites seguidas, é preciso buscar ajuda médica.
Dores nas articulações e nos músculos
A dor nas articulações e nos músculos é um dos sinais mais comuns da doença.
Cansaço em excesso
Pacientes que desenvolvem a endocardite podem sofrer com um cansaço em excesso, não permitindo que eles façam muito esforço. Desse modo, uma simples tarefa feita no dia a dia causa um grande desconforto.
Calafrios e febre
Um sintoma muito comum da doença são os calafrios e a febre, reações que podem produzir bastante incômodo e inviabilizar a rotina da pessoa.
Outros sintomas incluem:
- confusão;
- nódulos dolorosos sob a pele;
- palidez;
- dor articular.
Como é realizado o diagnóstico da endocardite?
Para que o diagnóstico da endocardite seja feita de maneira correta, é necessário buscar a ajuda de um cardiologista. O profissional poderá realizar o exame físico, a avaliação dos sintomas e o levantamento do histórico clínico.
Contudo, é fundamental consultar um médico especializado para que ele analise a sua situação e indique os melhores exames para um possível tratamento.
Como é feito o tratamento?
O tratamento da doença é feito por meio do uso de antibióticos fortes, geralmente intravenosos, por cerca de cinco semanas. A duração depende da resposta do corpo contra as bactérias, de quão severa foi a infecção e da sua intensidade.
Em algumas situações, dependendo de quanto a válvula cardíaca foi danificada, é importante fazer uma cirurgia no local.
Como é feita a prevenção da doença?
A endocardite é um problema muito grave, mas que pode ser evitado. Portanto, manter os cuidados com a higiene bucal é essencial para reduzir as chances de desenvolver a doença. Outra recomendação é evitar alguns procedimentos que desencadeiam quadros infecciosos, como piercings, tatuagens e o uso de drogas injetáveis.
Além disso, também é necessário consultar um dentista regularmente, já que essa doença se relaciona diretamente a problemas com a saúde bucal.
Agora que você já sabe o que é endocardite, seus sinais e tratamentos, lembre-se que essa doença é bastante grave e merece atenção. Por isso, atente-se aos sintomas incomuns no corpo e realize uma consulta com um especialista para receber o diagnóstico correto e tratar a doença de maneira adequada.
Gostou do conteúdo e quer ficar por dentro de informações sobre saúde bucal e odontologia? Então, siga-nos nas redes sociais. Estamos no Facebook, Instagram e YouTube!