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Afinal, como funciona uma franquia quando se tem sócios?

​Quem trabalha como profissional liberal, especialmente no início da carreira, já enfrentou o dilema quanto a montar o próprio negócio ou encontrar uma estrutura em funcionamento para prestar serviços. Nesse momento, entender como funciona uma franquia pode ser essencial.

Para os que desejam independência financeira e a possibilidade de gerenciar o tempo da maneira que lhe for mais conveniente, talvez a decisão mais acertada seja desenvolver o seu talento como empreendedor e abrir a sua clínica, escritório, consultório.

Mas o que fazer quando o capital não é suficiente para colocar as ideias em prática? O modelo de franchising, sem dúvidas, é uma boa oportunidade, pois oferece determinada marca já consolidada no mercado e todo o suporte técnico necessário.

Se você já se convenceu de que essa é a melhor alternativa, mas ainda não tem condições de colocá-la em prática, saiba que encontrar um sócio pode ser a solução.

Para mais esclarecimentos, no post de hoje explicaremos como funciona uma franquia quando se tem sócios e o que é preciso considerar antes de investir nesse formato. Acompanhe!

O que, exatamente, é uma sociedade?

A relação de sociedade surge da reunião de indivíduos, visando o exercício de uma atividade econômica. Em regra, as pessoas se associam por não terem condições de colocar uma empresa em funcionamento — por falta de recursos financeiros, insegurança, pouco conhecimento de gestão ou, simplesmente, por não querer assumir, sozinho, os riscos de um empreendimento.

É bastante comum vincular a imagem de sócios às grandes corporações, mas, na realidade do mercado, essa figura está cada vez mais presente em todos os setores da economia.

E não seria diferente no sistema das redes de franquias. Se você está pensando em apostar nesse modelo de negócio, saiba que ele também possibilita a relação de sociedade.

Como funciona uma sociedade em franquia?

No modelo de franquias, existem, basicamente, duas categorias de sócios: o operador e o investidor. Eles podem ser facilmente diferenciados de acordo com as atribuições exercidas. Veja, a seguir, qual deles complementa suas carências.

Sócio operador

Para essa função, além do tempo disponível para se dedicar integralmente ao empreendimento, é preciso que a pessoa preencha algumas características específicas, como apresentar um perfil empreendedor, entender a proposta da empresa e contar com capacitação profissional.

O que se busca são pessoas preparadas para tomar decisões, apontar soluções criativas e manter o padrão de qualidade na prestação do serviço.

Sócio investidor

A figura do sócio investidor está relacionada ao emprego de capital para colocar o negócio em funcionamento. Em outras palavras, ele é quem vai bancar os custos de toda a estrutura. 

Contudo, ao investir em uma franquia, não é regra a exclusividade do papel financeiro. O sócio pode, também, atuar na operação da unidade se assim o desejar. 

Caso prefira, no entanto, deixar a franquia nas mãos do sócio-administrador, o investidor precisa ter cuidado redobrado na escolha do parceiro. Afinal, o prejuízo financeiro ficará em suas próprias mãos se a unidade não prosperar. 

O mais importante é que sócios consigam atuar de maneira complementar. Empresários que estão na linha de frente da franquia devem ser comprometidos com o trabalho e se dedicar à operação do negócio. Investidores, por outro lado, devem ter, além de conhecimento sobre finanças, todos os recursos necessários — capital de giro — para manter a unidade operando enquanto o retorno não vem.

Experiência dos sócios

Agora que você já conhece as diferenças entre sócio operador e sócio investidor, é importante entender que nenhum dos dois empresários precisa ter, necessariamente, experiência no segmento de atuação da franquia.

O próprio modelo de franchising prevê todo o suporte ao franqueado e isso inclui treinamento sobre os produtos e serviços oferecidos pela marca e, também, sobre a operação da unidade.

Adquirir uma franquia nos moldes de uma sociedade não é uma decisão exclusiva do franqueado. O franqueador examinará o atendimento de alguns requisitos e, se eles não forem contemplados, o direito de usarem a marca não será concedido.

A título de exemplo, da mesma maneira que o sócio operador tem que apresentar competência técnica, um sócio investidor que tenha embaraços com instituições financeiras jamais será aprovado.

Qual o retorno financeiro para quem é sócio de uma franquia?

A base da remuneração dos sócios de uma franquia é a participação nos lucros, distribuídos da forma que ficou estabelecida no contrato social. Detalhar essa informação no documento é um cuidado importante para que, no futuro, não ocorram discussões entre os empresários, motivadas por questões financeiras.

Geralmente, o sócio investidor, que é aquele que entra com dinheiro do próprio bolso, recebe porcentagem maior em cima dos lucros da franquia. Essa combinação é justa a partir do momento que quem investe corre mais riscos de perdas caso o negócio não prospere.

Entretanto, aqueles que se encontram na qualidade de sócio operador também fazem jus a um pró-labore (uma espécie de remuneração pelo trabalho de administrar o negócio). É importante que a remuneração recebida pelo empresário que fica à frente da empresa seja compatível com o mercado em que a franquia está inserida.

Dessa forma, assim como acontece em um emprego em regime de carteira assinada, reduz-se a chance de o sócio-administrador se acomodar. Com um pró-labore justo e benefícios, como ganhar uma porcentagem em cima da taxa de crescimento da franquia, o profissional sempre dará o seu melhor e trabalhará com ainda mais afinco na unidade.

O que devo analisar antes de optar por ter um sócio?

A escolha do sócio não é uma tarefa simples, além de ser determinante para o seu negócio prosperar. Por isso, antes de tomar qualquer decisão, é fundamental ponderar sobre algumas características e, assim, evitar dores de cabeça no futuro.

Reflita sobre os questionamentos que apresentaremos a seguir, os quais apontarão para a relação e vocês.

Qual a nossa afinidade?

Ter afinidade com alguém não significa concordar em todos os aspectos ou ser amigo íntimo, mas sim ter uma relação pautada no respeito, que propicie um ambiente de trabalho amistoso. Nenhuma sociedade sobrevive quando ocorrem muitos atritos de opinião ou em um clima de competitividade.

É crucial que exista a união de esforços em prol de bem comum que os fortalecerá para alcançar os resultados desejados.

Temos objetivos em comum?

O segundo ponto a ser considerado para que uma sociedade dê certo é a presença de desígnios em comum entre as partes. Deixe seus objetivos claros desde o início para não perder tempo com pessoas que não se enquadrem em suas metas.

Quem tem aspirações de crescimento, para expandir o empreendimento, não será compatível com um sócio que tenha ambições menores ou medo de correr riscos, que não somará para superarem os limites.

Seus princípios éticos são compatíveis com os meus?

Observe se os valores éticos do sócio são os mesmos que os seus, já que esse é um fator que gera muitos conflitos.

A parceria com alguém que só visa o lucro, sem estar preocupado em oferecer um serviço de qualidade, não tem como funcionar, caso você priorize a excelência no atendimento, por exemplo.

Temos habilidades diferentes?

No momento da escolha de um sócio, a decisão mais inteligente é priorizar as pessoas com um perfil diferente, aquele que complemente as suas habilidades.

Se você tem aptidão para fidelizar e conquistar os clientes, por exemplo, mas não leva jeito para negociar com fornecedores ou administrar os ativos e passivos da empresa, então, ter alguém competente em gestão financeira fortalecerá o time.

Dessa forma, as chances de o empreendimento ser bem-sucedido são muito maiores.

Meu candidato a sócio é uma pessoa comprometida?

Independentemente de qual seja a parcela de participação do sócio na empresa, ele deve estar engajado, disposto a se dedicar para vencer os obstáculos. Se a participação foi a de investir capital, nada o impede de apresentar novos caminhos, estimular a criatividade, acompanhar como os recursos estão sendo empregados. Quanto maior o comprometimento dos membros, maiores serão as chances de sucesso.

Quais são as responsabilidades de cada um?

Outro ponto importante na hora de escolher o sócio é combinar, previamente, qual serão as responsabilidades que cada um assumirá no dia a dia da franquia. Para a parceria dar certo, é essencial ter bem definidas todas as atribuições de cada empresário, eliminando, assim, a chance de ocorrerem problemas de comunicação.

Quem será o responsável pela interação com a franqueadora, pela parte financeira e pela gestão dos funcionários, por exemplo? Colocar isso no papel, antes mesmo de abrir a franquia, pode poupar muita dor de cabeça. 

Meu parceiro tem perfil empreendedor?

Independentemente das atribuições que cada empresário terá na operação da franquia, ter perfil empreendedor é uma característica indispensável aos dois sócios. Buscar um parceiro que esteja disposto a enfrentar todos os desafios de abrir o próprio negócio e alinhar expectativas em relação ao que esperar do futuro reduz, substancialmente, o risco de a sociedade dar errado porque um dos lados não está preparado para lidar com os altos e baixos do empreendedorismo. 

Para realizar o seu desejo de investir na independência do próprio negócio, vale a pena buscar e avaliar todas as possibilidades, inclusive inovar nos modelos de parcerias.

Agora que você sabe como funciona uma franquia quando se tem sócios, que tal escolher o modelo mais adequado ao seu perfil e dar os primeiros passos para abrir uma unidade de sucesso.

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