RADIOGRAFIA PANORÂMICA (RAIO-X PANORÂMICO) | PREVINA-SE PARA CUIDAR BEM DA SUA SAÚDE BUCAL
A radiografia panorâmica ou como também é conhecido “raio-x panorâmico” trata-se de um raio-x tirado do complexo maxilo-mandibular que tem como objetivo diagnosticar doenças dos dentes e/ou dos ossos da face do paciente.
Esse exame radiográfico permite que o dentista visualize todos os dentes e suas estruturas completas de uma só vez, complementando o exame clínico.
RADIOGRAFIA PANORÂMICA
A radiografia panorâmica consiste em exame radiográfico muito importante, o qual vem sendo utilizado e empregado no diagnóstico e no planejamento de intervenções terapêuticas sobre as condições dos ossos da face e dos dentes.
Nos dias atuais, grande parte dos dentistas solicita a radiografia panorâmicas ao iniciar um tratamento odontológico e, também, para controlá-lo.
A radiografia panorâmica pode ser definida e descrita como uma técnica destinada a possibilitar a reprodução das estruturas da mandíbula, da maxila e dos dentes em um filme, mediante exposição única aos raios-X.
Embora alguns de seus princípios técnicos remontam há cerca de 100 anos, a radiografia panorâmica conta com um amplo espectro de vantagens e indicações que, de tão vasto, fazem com que ela seja o mais utilizado exame complementar.
Segundo achados históricos, a radiologia Odontológica e Médica evoluiu consideravelmente até atingir os níveis atuais. Vale ressaltar que a primeira radiografia dental foi realizada 150 dias após a descoberta dos raios-X, em 1895!
Os estudos pioneiros e a metodologia elaborada relacionada à radiografia panorâmica foram definidos nos anos de 1920 e, desde aquela época, as técnicas foram aperfeiçoadas para se converterem nos métodos avançados de hoje.
Na história da odontologia houve relato onde o paciente mantinha seguro o próprio filme. Para métodos tradicionais, a fonte responsável pela emissão dos raios-X era posicionada no interior da cavidade bucal.
Tal método era muito arriscado, uma vez que, ao se aquecer mediante a ação dos raios-X, a ampola (que ficava no interior da boca do paciente), não raro, estourava levando o paciente a danos nas estruturas bucais.
Com o passar do tempo, as melhoras obtidas na resolução das imagens surgiram devido aos avanços tecnológicos promovidos pelas fabricantes dos equipamentos usados.
O antigo filme convencional (analógico) caiu em desuso. Com o avanço e inovações, foi sendo substituído pelos filmes digitais (também chamados de “Dry”).
E então, o obsoleto sal de halogeneto de prata, presente na composição dos modelos de filmes analógicos, deixou de ser usado para dar lugar aos pixels, isto é, os diminutos pontos que, reunidos, compõem as imagens digitais. O fixador e o revelador (líquidos processadores) também foram deixados e a partir dessa inovação não são necessários para a produção de imagens digitalizadas.
A reprodução da imagem, com a nova tecnologia, é feita instantaneamente à sua aquisição pelo sensor digital.
Podemos perceber claramente que as imagens digitais trouxeram apenas vantagens como: melhor fidedignidade e nitidez, menor exposição, eliminação da necessidade de revelar a radiografia – além da grande vantagem em contribuir para a preservação ambiental.
Além disso, as imagens digitais podem ser enviadas, visualizadas e armazenadas de forma fácil e rápida, sem problema com tempo ou distância.
As radiografias e sua inovações trouxeram, sem dúvida, como um dos principais benefícios, a possibilidade de observar simultaneamente, em uma película, os arcos dentários. Desse modo obtém-se um visual global acerca do status do paciente, facilitando o acompanhamento, o planejamento e, sobretudo, o diagnóstico.
A radiografia panorâmica é considerada pelos cirurgiões-dentista como uma das mais eficientes formas de se conseguir avaliar várias especialidades da área clínica por esse ângulo radiográfico. Dentre essas especialidades cirúrgicas, tais como a traumatologia maxilofacial, a cirurgia, a implantodontia e a periodontia, bem como as intervenções que restauram a estética e a funcionalidade oral, como a dentística, a prótese e a ortodontia.
Num exame de radiografia panorâmica, o profissional de saúde, sendo o médico ou cirurgião-dentista, pôde observar o grau de relação entre os elementos presentes junto ao canal da mandíbula, articulação temporomandibular, cavidade nasal e seios maxilares e ossos da face.
A articulação temporomandibular pode ser avaliada, inicialmente, pela radiografia panorâmica, mas para um estudo e diagnóstico final deve ser indicado exames com visão 3D e tomografias onde pode-se ver os tecidos moles que compõem essa estrutura.
A ATM é dividida em um compartimento superior e um inferior, separado pelo disco articular.O compartimento superior é limitado superiormente pela fossa mandibular do osso temporal e inferiormente pelo próprio disco articular. Ele contém 1,2 ml de fluido sinovial, e é responsável pelo movimento de translação da articulação.O compartimento inferior tem o disco articular como uma borda superior e o côndilo da mandíbula como uma borda inferior. Ele é ligeiramente menor, com um volume de fluido sinovial médio de 0,9 ml e permite movimentos rotacionais (http://odontoup.com.br/atm-articulacao-temporo-mandibular).
A radiografia panorâmica é indicada para uma primeira avaliação de um novo paciente, a fim de documentar o seu registro radiográfico e dependendo do que será realizado, poderá ser tirada durante e após o tratamento, promovendo assim um registro de todas as etapas do tratamento realizado.
Essa medida não é importante, apenas, para conferir o necessário resguardo legal ao profissional, mas, principalmente, para registrar a evolução apresentada pelo paciente conforme os métodos empregados desde o início do relacionamento entre dentista e paciente até o fim do tratamento.
A interpretação de um exame radiográfico (independente de seu tipo) depende da correta sedimentação de conhecimentos anatômicos. Considere o fato de que a radiografia panorâmica representa um objeto tridimensional em uma superfície (película) de apenas duas dimensões.
Um aspecto vantajoso a ser mencionado é a baixa exposição necessária para a obtenção de uma radiografia panorâmica, o que representa maior proteção e segurança aos pacientes.
Você, talvez, esteja se perguntando agora: “se a radiação é tão baixa, qual é, exatamente a sua dose?”
A radiação que deve ser emitida é de cerca de 90 microsieverts. A exposição máxima por ano é, de acordo com a Comissão Internacional de Proteção Radiológica, de 550 vezes esse total.
Lembre-se de que a dose máxima permitida refere-se à intensidade da radiação que uma pessoa pode receber sem prejuízos para a sua saúde. O Cirurgião Dentista, evidentemente, prescreverá com a máxima cautela a radiografia panorâmica segundo a indicação de cada um dos seus pacientes.
A despeito do fato de a intensidade da radiação não provocar nenhum dano ao paciente, os protocolos de proteção – tanto ao paciente quanto aos profissionais envolvidos – são sistematicamente empregados pela Sorridents.
QUAL SUA INDICAÇÃO
A radiografia panorâmica é indicada como um importante complemento ao exame clínico, auxiliando no diagnóstico dos ossos da face (região da mandíbula e da maxila) e das lesões dentais (doenças endodônticas ou cáries), possibilitando ao Cirurgião Dentista visualizar com precisão os elementos dentais (inclusive aqueles que ainda não estiverem erupcionados), assim como suas respectivas estruturas anatômicas.
Entre as principais indicações, encontram-se:
- Comparar os lados esquerdo e direito;
- Visualizar estruturas críticas (por exemplo, ausências dentais, fossa nasal, seios maxilares, canais mandibulares, rebordo alveolar etc);
- Detecção de possíveis enfermidades e patologias já estabelecidas.
Não obstante, a radiografia panorâmica apresenta, também, distorções inerentes aos princípios físicos em que se baseia.
A consequência disso é que as dimensões vertical e horizontal que são obtidas por meio de imagens panorâmicas podem falhar ao representar as proporções e dimensões exatas de posições específicas, além de apresentar algumas inconsistências entre as distintas localizações dos arcos dentários.
O feixe de raios-X, em relação ao plano oclusal, pode demonstrar angulação vertical negativa – fator que não deve ser negligenciado.
A mais leve inclinação pode gerar a superestimação da quantidade de osso presente na maxila e na mandíbula, ocasionando uma representação incorreta da relação dos bordos inferiores da fossa nasal e dos seios maxilares com as cristas presentes nos rebordos alveolares.
Conforme mencionado, a radiografia panorâmica é bidimensional e, assim, não fornece ao Cirurgião Dentista informações precisas acerca da dimensão palatal (vestíbulo-lingual) ou da inclinação do processo alveolar.
QUANDO O DENTISTA DEVE SOLICITAR A PANORÂMICA
O EXAME ORTOPANTOMOGRÁFICO, MAIS CONHECIDO COMO RADIOGRAFIA PANORÂMICA, É O EXAME RADIOLÓGICO EXTRABUCAL MAIS SOLICITADO NA ODONTOLOGIA, SEJA NO INÍCIO OU PARA CONTROLE DOS TRATAMENTOS. FOI DESENVOLVIDA EM 1940 PELO DENTISTA E PROFESSOR FINLANDÊS PAATERO E TEM SIDO USADA AMPLAMENTE EM DIAGNÓSTICO BUCOMAXILOFACIAL, POIS COMO O PRÓPRIO NOME DIZ, COM UMA ÚNICA TOMADA FORNECE UM PANORAMA GERAL DAS REGIÕES DE INTERESSE (HTTP://CEFALO-X.COM.BR/BLOG/RADIOGRAFIA-PANORAMICA)
O EXAME É GERALMENTE SOLICITADO POR DENTISTAS EM SUAS PRÁTICAS DIÁRIAS. A RADIOGRAFIA PANORÂMICA COBRE UMA ÁREA SUPERIOR À OBTIDA POR MEIO DE UM EXAME INTRAORAL, GERANDO INFORMAÇÕES RELEVANTES A RESPEITO DO POSICIONAMENTO DAS PEÇAS NA ARCADA DENTÁRIA.
Após solicitar o exame, o Dentista será capaz de eliminar outras alternativas. O exame é solicitado, entre outras finalidades, para:
- Avaliação de dentes impactados;
- Detecção de doenças, lesões e condições dos maxilares;
- Análise de fraturas em toda extensão da mandíbula;
- Exame da extensão de lesões amplas;
- Avaliação de trauma;
- Planejamento pré-operatório de cirurgias bucomaxilofaciais;
- Avaliação dos padrões de erupção, crescimento e desenvolvimento;
- Observação do suporte ósseo periodontal;
- Avaliação de terceiros molares;
- Verificação de patologias e anomalias dentais.
A radiografia panorâmica é totalmente segura, devido a fatores como:
- Aparelhos modernos de raios-X;
- Proteção oferecida pelos aventais feitos de chumbo;
- Maior sensibilidade dos filmes e dos sensores digitais;
- Baixa emissão de radiação.
Os pontos mencionados acima evidencia-se a extrema utilidade da radiografia panorâmica, principalmente, durante a fase de diagnósticos preliminares.
O exame é capaz de demonstrar a existência de patologias, fornecendo indicações sobre a relação espacial entre a estrutura anatômica e o processo alveolar, além de permitir a observação de relações maxilares já estabelecidas.
Para a determinação precisa de quantidade e qualidade óssea disponível, é necessário o emprego de técnicas destinadas à captura de imagens ainda mais precisas e sofisticadas (por meio de tomografia computadorizada, por exemplo).
RADIOGRAFIA PANORÂMICA COM LAUDO
Em geral, o laudo acompanhará a radiografia panorâmica. Se o paciente necessitar que esse documento seja mais detalhado, o cirurgião dentista deverá solicitar ao centro radiológico por escrito esta solicitação e os motivos pelos quais se farão necessários.
Há preparação para o exame?
Não é necessário seguir nenhum procedimento especial ou preparação específica para se submeter a esse exame. Isso porque a radiografia panorâmica não apresenta nenhum tipo de complicação ou riscos associados.
A única regra a observar consiste em retirar, antes do exame, prótese removíveis, joias como piercings e brincos, óculos e outros itens de metal que interfiram com os raios-X, uma vez que essas peças poderiam constar das imagens radiográficas e, portanto, atrapalhar o diagnóstico.
RADIOGRAFIA PANORÂMICA DURANTE A GRAVIDEZ
As mulheres grávidas, no entanto, sempre deve perguntar ao seu dentista a respeito da necessidade da realização do exame para o êxito do tratamento e fazer uma análise junto ao seu médico obstetra para decisão quanto ao risco em relação ao desenvolvimento e saúde do bebê.
Informar a condição de gravidez ao técnico responsável pela radiografia é outra necessidade fundamental, a fim de garantir que todas as medidas pertinentes sejam tomadas.
O médico deve ser informado, até mesmo, caso a paciente apenas suspeite de estar grávida, com vistas a evitar expor o feto à radiação. Nessas situações, como ação preventiva, a paciente receberá proteção (avental de chumbo) no restante de seu corpo.
PROCEDIMENTOS PARA A EXECUÇÃO DA RADIOGRAFIA PANORÂMICA
PRIMEIRAMENTE, O PACIENTE DIRIGE-SE AO CENTRO DA UNIDADE DE RADIOGRAFIA. CHEGANDO A UNIDADE ELE IRÁ RECEBER ALGUMAS INSTRUÇÕES JÁ MENCIONADA AQUI NESTA LEITURA COMO A REMOÇÃO DE PRÓTESE DE OBJETOS COMO BRINCO, E A NECESSIDADE DE SE ADOTAR UMA POSTURA QUIETA PRENDENDO A RESPIRAÇÃO QUANDO O TÉCNICO SOLICITAR APENAS POR ALGUNS SEGUNDOS. ISSO SE DÁ AO FATO DE NÃO PODER HAVER INTERFERÊNCIA EM NENHUM MOMENTO DA REALIZAÇÃO DO EXAME, O QUE PODERÁ COMPROMETER O RESULTADO FINAL. A SEGUIR, O TÉCNICO O POSICIONARÁ CUIDADOSAMENTE E PROTEGERÁ O SEU CRÂNIO. O EQUIPAMENTO PODERÁ SER REPOSICIONADO PARA SE AJUSTAR A PACIENTES EM PÉ OU SENTADOS.
Depois, o paciente receberá um suporte bucal para assegurar o correto alinhamento dos dentes, a fim de evitar a sobreposição e oclusão dos mesmos – o que é essencial para a obtenção de imagens claras.
Em seguida, a radiografia panorâmica é realizada por meio da obtenção da imagem em formato digital. O paciente, por sua vez, permanecerá imóvel. Vale lembrar que o exame não provoca nenhum nível de dor física.
Tempo do exame
Desde que não haja contratempos, a radiografia panorâmica é muito rápida, tendo uma média de duração de apenas 5 minutos.
QUAIS SÃO AS LIMITAÇÕES DA RADIOGRAFIA PANORÂMICA?
A radiografia panorâmica é um exame que não consegue oferecer dados detalhados e precisos acerca de cada dente ou de tecidos moles que os envolvem (por exemplo, os músculos). Por isso, é um exame indicado em sua maioria para avaliações iniciais dos dentes e da estrutura óssea do maxilar.
Como a cavidade bucal possui formato curvo e a exposição à radiografia panorâmica se dá em um espaço plano, é natural que, em certas ocasiões, imagens pouco nítidas ou levemente distorcidas sejam geradas.
Para os caso do dentista necessitar de informações mais detalhadas e precisar, o dentista poderá solicitar, ao invés da radiografia panorâmica, uma ressonância magnética ou uma tomografia computadorizada.
OUTROS TIPOS DE EXAMES RADIOGRÁFICOS
A radiologia odontológica possui, além da radiografia panorâmica, outros exames com diferentes características que, a critério do Dentista, também podem ser realizados, entre os quais destacam-se a radiografia periapical e a radiografia interproximal, sobre as quais iremos comentar a seguir.
RADIOGRAFIA PERIAPICAL
Esse é o exame mais comum na radiografia intraoral, incidindo sobre uma região mais restrita em comparação com a radiografia panorâmica, englobando somente de dois a três dentes contíguos, desde o término da raiz até a coroa e a diminuta área óssea adjacente.
Com esta técnica, podemos analisar a anatomia dos dentes de modo mais detalhado do que a radiografia panorâmica, sendo usado para averiguar a presença ou não de cáries, controles endodônticos (tratamentos de canal), avaliar a adaptabilidade de eventuais restaurações e detectar lesões periapicais.
RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL OU BITE WING
Podemos relacionar similaridades com a anterior, porém, apresenta-se mais restrita, pois propicia a visualização das coroas de algumas peças inferiores e superiores em uma mesma imagem, sobretudo os dentes posteriores e a crista óssea contígua.
Seu grande diferencial se destaca de uma radiografia panorâmica, pois esse exame destina-se, na maioria das vezes, à identificação de cáries entre um dente e outro (cáries interproximais), condição que costuma ser de difícil detecção em inspeções clínicas.