De acordo com dados recentes do ministério da Saúde, cerca de 30% dos brasileiros nunca trataram os dentes. Mais da metade das crianças brasileiras com idade de até cinco anos têm, pelo menos, uma cárie. Os motivos para isso são vários, mas passam pela falta de cultura de saúde bucal, medo e preço dos tratamentos. “Isso quer dizer que a demanda consumidora é extremamente ampla”, acredita Mário Gasperini, diretor comercial da Bittencourt Consultoria.
“Se observarmos o mercado de saúde, de forma geral, veremos que tem ocorrido um rápido crescimento, principalmente pela quantidade de empresas se organizando dentro do sistema de franchising. No segmento odontológico, este crescimento vem sendo ainda mais estimulado, porque facilita o poder de compra dos profissionais que aderem ao regime de franquia, barateia custos e incentiva a população a buscar um tratamento em saúde bucal”, explica.
Empresas como Sorridents planejam a expansão de suas franquias focando, sobretudo, a classe C. Para atrair clientes e franqueados, o modelo de negócio prevê atendimento de qualidade a preços razoáveis e pagamento facilitado. Para quem quer entrar nesse negócio, há modelos de franquias com aporte inicial entre R$ 65 mil e R$ 350 mil.
Sorridents
A Sorridents, franquia especializada em clínicas odontológicas, desenvolveu um plano de expansão que visa dobrar o número de unidades de atendimento. Contando franquias e unidades próprias, a rede quer chegar a 2013 com 200 clínicas credenciadas.
Atualmente, as100 unidades em operação estão espalhadas pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Pernambuco, Espírito Santo, Ceará e Rondônia. Outras 44 clínicas estão em processo de montagem. Para estudar o potencial das capitais, a empresa encomendou um estudo de geomarketing que avaliou quantas franquias cada uma delas comporta.
“Começamos pela Zona Leste de São Paulo e fomos expandindo pelas demais regiões do Estado. Há dois anos, começamos um processo de regionalização, participando de feiras de odontologia e da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Com o resultado do estudo, conseguimos descobrir quais capitais têm mais potencial de crescimento e vamos prospectar nestes locais. Além de franquias, buscamos também o crescimento de clínicas próprias, porque sabemos que é rentável”, detalha o diretor de franchising da Sorridents, Cléber Soares.
Com investimento inicial que varia entre R$ 250 mil e R$ 300 mil, a Sorrident”s oferece dois modelos de franquia. A primeira é mais indicada para municípios com, no mínimo 100 mil habitantes, com clínicas de cerca de 200 m², seis a oito consultórios. Na segunda opção, o espaço físico cai para 130m², com até cinco consultórios. Cada unidade deve ter o mínimo de seis funcionários e equipamentos de última geração.
“Atualmente, a rede atende cerca de 2.150 pessoas por dia. No começo, buscávamos locais com mais de 100 mil habitantes, mas surgiu uma demanda de candidatos a franqueados em regiões com média de 80 mil pessoas. Criamos um modelo mais compacto, com investimento inicial entre R$ 150 e R$ 250 mil”, explica.
Com três unidades no Estado do Rio de Janeiro, nos municipios de Belford Roxo e Duque de Caxias e, em Bangu, na Zona Oeste, a rede tem a meta de expandir esse número para 25. “O faturamento do mês de julho da unidade Belford Roxo foi de R$ 83,346 mil. Damos a projeção de retorno do investimento entre 24 e 36 meses, mas já tivemos franqueados que atingiram essa meta em oito meses. As pessoas buscam pagamento facilitado, mas com atendimento qualidade; estes são os pilares do nosso negócio”, orgulha-se o diretor.