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Sorridents cresce na esteira da ascensão da classe C

Micheli Rueda   (mrueda@brasileconomico.com.br)

A maior preocupação com saúde bucal por parte da população de baixa renda aliada a preços justos sustentam os negócios da rede de clínicas odontológicas Sorridents.

Fundada em 1995 pela cirurgiã dentista Carla Renata Sarni, a proposta da Sorridents é clara e as metas são audaciosas.

“Construí clínicas direcionadas para as classes C e D com a mesma infraestrutura que as classes A e B já tinham, oferecendo alto padrão de qualidade e forma de pagamento facilitada”, explica Carla.

Segundo a executiva, uma restauração na Sorridents custa em média a metade do valor de mercado. Questionada sobre como é possível tal diferença, ela não hesita: “compramos produtos direto de fabricantes e repassamos o custo mais baixo aos clientes.”

Quanto aos objetivos, a rede de clínicas odontológicas, que atualmente têm 170 unidades, pretende atingir 500 unidades até 2016, com participação em todas as capitais brasileiras. Hoje a Sorridents está presente em 14 estados.

“Agregamos duas coisas importantes na rede: conveniência, oferecemos todas as especialidades no mesmo lugar, e capilaridade, para ter uma Sorridentes perto da casa do cliente”, afirma Carla.

Soma-se a isso a melhora do mercado de trabalho brasileiro e o aumento da renda. “A ascensão da classe C é um elemento positivo, porque é o foco da empresa”, destaca Carla.

Além disso, “passamos por uma mudança cultural nos últimos dois anos. Dentista não era prioridade, hoje é uma preocupação das famílias”, completa.

De acordo com Carla, a prevenção vem ganhando espaço na rotina de atendimentos. “Antes as pessoas só nos procuravam quando estavam com dor de dente, agora vem em busca de alinhamento para os dentes e limpeza”, pondera.

De negócio próprio a franquia

O negócio próprio, que teve seu início em cima de uma padaria, se desenvolveu em duas etapas.

Com o aumento de clientes, Carla começou a alugar consultórios para amigos dentistas de diversas especialidades.

Em um segundo momento, quando o modelo de negócio já se mostrava solidificado, novas unidades foram abertas em sociedade.

Em 2004, com 23 unidades e cerca de 15 sócios, surge o interesse pela expansão via franquias.

No ano seguinte, a Sorridents abre a primeira unidade franqueada. “Nosso diferencial era ter 10 anos de experiência e mais de 23 clínicas com 19 especialidades”, esclarece Carla.

Desempenho

Com investimento de R$ 6 milhões, a rede inaugurou 15 unidades no ano passado e faturou R$ 150 milhões.

Para 2012, a expectativa é incrementar esses números, com a aplicação de mais R$ 8 milhões e abertura de mais 20 clínicas. Quanto ao faturamento, a previsão é de R$ 180 milhões.

Para quem quiser ser um franqueado da rede, o investimento inicial é de R$ 400 mil e o retorno se dá entre 24 e 36 meses. O faturamento médio mensal de uma clínica é de R$ 100 mil.

O franqueado contribui com royalties e fundo de publicidade, por meio de taxas mensais de 6% e 2%, respectivamente, sobre o faturamento bruto.

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