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Extrato da semente do Cupuaçu pode inibir ou diminuir a cárie

Após passar seis meses no Departamento de Odontologia Restauradora na Universidade de Illinois, em Chicago (USA), conduzindo pesquisa relacionada à avaliação do potencial do extrato da semente do cupuaçu na remineralização da dentina induzida à cárie artificial, a professora do curso de Odontologia da UEA, Mirela Sanae Shinohara, constatou que o extrato da semente do cupuaçu apresenta componentes antioxidantes, podendo inibir ou diminuir a progressão da cárie.

A pesquisa faz parte dos estudos de pós-doutorado da pesquisadora.O estudo rendeu um prêmio à pesquisadora (International Association for Dental Research fellowship Toshio Nakao 2009).

Promovido a cada 2 anos e entregue ao candidato que apresentar o melhor projeto relacionado à Biomateriais. Otimista, a pesquisadora acredita que a pesquisa aplicada poderá evitar ou impedir a progressão da cárie.

– Com certeza, isso irá reduzir o índice de prevalência da doença, e indiretamente, o número de pacientes com este problema, destaca.

Pesquisa

Mirela conta que foram seis meses de pesquisas também com outras plantas e frutas que apresentam um efeito benéfico sobre a matriz de colágeno presente na dentina.

– O dente apresenta esmalte e dentina. O esmalte, estrutura mais mineralizada, cobre a coroa do dente e a dentina fica na parte interna e é menos mineralizada, é uma estrutura que apresenta os túbulos dentinários e o material orgânico (fibrilas colágenas), disse, acrescentando que a cárie é justamente uma das alterações nessa estrutura dental.

O extrato da semente da uva, explica Mirela, apresenta componentes antioxidantes, chamados polifenóis, possuem efeitos benéficos sobre a matriz de colágeno da dentina, podendo inibir ou diminuir a progressão da cárie.

– Dessa forma, alguns trabalhos mostram que o extrato da semente do cupuaçu também apresenta esses componentes, compara.

Mirela afirma que pretende continuar os estudos no Brasil, em parceria com outros centros e mesmo com as universidades americanas.

– Provavelmente poderemos desenvolver estudos não só com o cupuaçu, mas com outras plantas e frutas amazônicas que são ricas fontes em nutrientes e suplementos para a saúde em geral e a UEA é uma universidade em desenvolvimento e com alto potencial para o desenvolvimento dessas pesquisas, finaliza.

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