O QUE É
É um tumor benigno que apresenta um comportamento localmente agressivo, afetando comumente a mandíbula (80%) e menos freqüentemente o osso maxilar. Pode atingir proporções variadas, de acordo com o tempo de evolução. Representam 10% dos tumores odontogênicos.
Manifesta-se geralmente entre a terceira e quinta décadas de vida. A maioria dos ameloblastomas acometem o ramo e corpo posterior da mandíbula.
COMO APARECE CLINICAMENTE
Poucas vezes ocorre uma tumefação em região de fundo de sulco, geralmente é um achado radiográfico em radiografias de rotina. Por serem geralmente são indolores e pela carência de outros sintomas, o paciente geralmente consulta o profissional quando este apresenta grande extensão.
O aspecto radiológico pode variar. Alguns apresentam-se como lesões radiolucidas uniloculares bem definidas, com ou sem esclerose marginal, que, podem estar associadas a um dente incluso; outros apresentam-se com aspecto multilocular, com septos internos e padrão em “favos de mel” ou “bolhas de sabão”. As loculações podem ser ovais ou arredondadas e variam de dimensões.
O diagnóstico é feito por exame histológico, mas os achados clínicos e estudos por imagem, através de radiografias panorâmicas e tomografia computadorizada (TC), apresentam algumas características importantes para o estreitamento do diagnóstico diferencial.
A abordagem terapêutica do ameloblastoma tem se mostrado nos últimos tempos um objeto controverso para criteriosa análise e discussão devido às altas taxas de recidivas e às complicações pós-operatórias. Logo, faz-se necessário ao profissional escolher qual o tipo de abordagem cirúrgica do ameloblastoma que ofereça aos pacientes melhor prognóstico.
Ameloblastomas multiloculares apresentam taxas de recidiva maiores que os uniloculares. A idade do paciente é outro fator de importância na escolha da terapia.
O comportamento do ameloblastoma tende a ser bastante agressivo nas recidivas, com maior potencial de invasão e destruição óssea do que a lesão original.