Cuidados que você precisa ter para não perder ou quebrar o aparelho
Enrolados em guardanapos, jogados em bandejas de lanchonetes, no fundo de bolsas, mochilas, pochetes, gavetas, pastas executivas, lá estão eles, ou, pelo menos estavam: os aparelhos ortodônticos removíveis. Há pacientes que já nem se lembram mais quantos aparelhos já perderam ou quebraram, devido à falta de cuidado.
Enrolar o aparelho no guardanapo em lanchonetes e restaurantes é uma das causas mais comuns de perda. As pessoas embrulham o aparelho para comer e deixam na bandeja ou jogam no lixo. A gente brinca que as redes de fast food são o maior centro de aparelhos perdidos do mundo.
Os aparelhos removíveis costumam ser os mais indicados para crianças que ainda têm dentes de leite, enquanto os fixos são mais usados para tratar a dentição permanente. Geralmente, os removíveis são usados numa primeira fase e ajudam a criar condições favoráveis para o desenvolvimento da dentição permanente. O aparelho fixo, então, faz um acabamento, com movimentos que o removível não é capaz de fazer, como, por exemplo, corrigir a rotação de um dente.
Os dentes de leite têm uma anatomia diferente e suas raízes não suportam a força que o aparelho fixo proporciona. Depois do tratamento, o aparelho removível também pode ser utilizado para manter o resultado. Existem alguns aparelhos de contenção fixos que não precisam ser retirados para a alimentação. Mas, quando é utilizado um aparelho removível, é preciso retirar o aparelho para comer. O ideal é guardá-lo em uma caixinha específica. Para evitar esquecimentos, recomendo, sempre que os pacientes tenham mais de um caixa. Estudantes, por exemplo, podem deixar uma caixinha em casa e outra na mochila.
Guardar o aparelho no bolso é outro problema recorrente que pode tanto quebrar, como deformar a placa ou os fios. Descuidos à parte, problemas como bruxismo também podem forçar o aparelho e levar à quebra do fio. Independentemente da origem do problema, se o aparelho deformar, o paciente não deve tentar ajeitá-lo por conta própria, nem usar o aparelho com problema, pois assim pode acabar agravando o problema inicial.
Diante de qualquer incidente, como fios amassados ou desadaptados e quebra de algum componente do aparelho removível, a recomendação é sempre procurar o ortodontista o quanto antes, uma vez que, quando o paciente fica sem o aparelho, na posição apropriada, toda a sequência de estímulos que era feita sobre os dentes, é interrompida. Não que a recidiva seja total, mas ela ocorre. Se por um descuido, o aparelho foi parar no lixo, mas foi resgatado a tempo, a dica é higienizá-lo com um produto anti-séptico, como a solução de Milton ou o líquido de Dakin. Essas substâncias estão à venda em farmácias e se parecem com a água sanitária, embora sejam mais suaves. O líquido de Dakin, por exemplo, é utilizado para limpeza no tratamento de canal. Basta diluir a solução em água, deixar o aparelho de molho durante pelo menos 30 minutos e, depois, escová-lo. Como a solução não tem um gosto agradável, o ideal é lavar o aparelho com anti-séptico bucal antes de voltar a usá-lo. E nem pensar em ferver o aparelho, pois como ele é feito de resina, pode deformar em altas temperaturas.
Fonte: Site minha vida