A pesquisa Indicadores Sebrae-SP de Conjuntura, divulgada no dia 12, apontou que as empresas do interior tiveram o maior crescimento no Estado (7,7%) no mês de fevereiro.
No mesmo período, as empresas do município de São Paulo apresentaram uma queda de 1,4%.
O levantamento é realizado mensalmente pelo Sebrae-SP, com apoio da Fundação Seade, junto a 2,7 mil micro e pequenas empresas de todo o Estado, uma amostra que representa 1,3 milhão de MPEs da indústria da transformação, comércio e serviços.
De olho nesse movimento, empresas como a rede de escolas de inglês UNS, a rede de clínicas odontológicas Sorridents e a rede de franquias de videolocadoras 100% definiram o interior do Estado como uma região estratégica para seus negócios.
Com 160 clínicas comercializadas e 120 em funcionamento, a Sorridents planeja a instalação de 12 unidades em cidades do interior e municípios do Grande ABC.
Já a UNS prepara para essa quinta-feira um evento no qual pretende mostrar o modelo de negócios para empreendedores de Campinas.
A rede estima abrir quatro escolas ainda este ano na cidade e deve atingir 100 unidades em todo o Brasil até 2012.
Alguns motivos são apontados pelas companhias para escolher o interior do Estado. Entre eles, o custo de implantação mais barato.
Outro ponto é a diferença cultural entre as regiões. Embora o Nordeste, por exemplo, seja extremamente promissor, não são todos os serviços que são bem aceitos pelas pessoas que moram lá.
O aumento no número de jovens universitários é mais um facilitador, já que isto significa mão de obra qualificada.
Mas o fator mais forte talvez seja o número de indústrias que se mudam para o interior, que gera uma necessidade de maior de infra-estrutura para receber funcionários transferidos e aumenta o poder econômico da população local.