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Diastema: saiba o que deixa seus dentes separados

Diastema, segundo os especialistas, é o espaço ou lacuna existente entre dois dentes, sendo mais frequente entre os incisivos centrais (também chamados de cortadores), embora possa haver espaços entre quaisquer pares de dentes.

A separação dos incisivos é muito comum em crianças com dentes de leite, porém, tende a desaparecer à medida que o indivíduo cresce e adquire sua dentição final.

Para ajudar você a entender melhor o assunto, reunimos as informações mais importantes neste artigo. Boa leitura!

O que é diastema?

A separação entre duas peças dentárias, isto é, o diastema, é uma imperfeição oral associada a problemas como inserção baixa dos frênulos labiais ou má oclusão dentária.

O diastema apresenta maior incidência antes da irrupção dos dentes definitivos (que são maiores que os dentes de leite), momento em que os caninos completam o movimento para baixo e ocupam o seu espaço natural.

No entanto, se o diastema perdurar após o fim da adolescência, é altamente recomendável que o indivíduo procure um dentista, a fim de obter uma avaliação sobre eventuais problemas existentes nas gengivas ou no adequado posicionamento da arcada dentária.

Uma vez que se trata de uma característica odontológica típica de crianças e adolescentes, muitas pessoas têm a impressão de que o diastema confere à sua expressão um ar juvenil ou, até mesmo, sensual. Por esse motivo, certos pacientes optam por manter a imperfeição, em vez de a corrigir.

Essa é uma decisão pessoal que, aqui, não desejamos fazer nenhum juízo de valor. Desde que o caso tenha sido avaliado por um especialista, não seja uma consequência de outros problemas bucais e não possa gerar problemas futuros à saúde.

Caso algumas dessas condições se faça presente, o mais indicado é, conforme mencionado, procurar um dentista para avaliar o caso e iniciar um tratamento ortodôntico destinado à sua correção.

Encontramos problemas quando se trata de pessoas que, tendo os dentes perfeitamente alinhados, decidem ir a um dentista para separar seus incisivos e obter um sorriso “mais jovem”.

É preciso considerar que, além do fato de que não é inteiramente estético, essa prática não deve ser realizada pois, a longo prazo, pode acarretar problemas nos dentes e nas gengivas.

Se o diastema aparecer subitamente na idade adulta, também é necessário ficar atento: se, após os 50 anos de idade, um indivíduo notar que seus dentes estão separados, deve ir ao dentista o mais rápido possível, à medida que esse movimento pode ser um indicativo de problemas mais graves na gengiva ou um colapso da mordida.

Quais são as principais causas?

As causas do diastema podem ser classificadas em primárias e secundárias. A casa primária do diastema é produzida por:

 

  • Redução do tamanho dos dentes;
  • Microdontia generalizada ou localizada;
  • Diminuição do número de dentes: agenesia ou hipodontia;
  • Aumento do tamanho maxilar.

 

O diastema de origem secundária, por seu lado, são condicionados por fatores ambientais como:

 

  • Perda de dentes;
  • Baixa inserção do frênulo labial superior;
  • Manutenção de hábitos de sucção;
  • Hiperatividade lingual;
  • Macroglossia;
  • Distúrbios de erupção dentária;
  • Patologias císticas;
  • Doença periodontal;
  • Enfermidades sistêmicas.

 

Detalhamos, a seguir, algumas das causas mais relevantes para o surgimento do diastema.

Microdontia

A microdontia é uma anomalia no tamanho dos dentes, podendo ser generalizada ou localizada:

  • A microdontia generalizada apresenta múltiplos diastemas distribuídos nas duas arcadas;
  • A microdontia localizada incide, na maioria das vezes, sobre os incisivos laterais superiores que usualmente se manifestam como dentes conoides.

Agenesia dental

A agenesia dental é a condição que se caracteriza pela ausência congênita de dentes na arcada dentária, independentemente de sua quantidade.

Aumento do tamanho do maxilar

As classes 3 esqueléticas têm um maxilar aumentado e, se as dimensões dos dentes não forem correspondentes, podem surgir diastemas generalizados. Por seu turno, as classes 2 se caracterizam pela protrusão e, muitas vezes, pela separação dos incisivos superiores.

Perda de dentes

Os espaços que surgem após a perda de um dente podem ser restritos a uma região da arcada ou se estender às áreas vizinhas.

Frênulo do lábio superior

A baixa inserção do freio labial superior tem sido associada à presença do diastema interincisivo superior. A forma mais fácil para o dentista saber se esta é, realmente, a causa da separação, está em realizar o diagnóstico diferencial, por meio do teste de isquemia de Graber.

Neste teste, é averiguado se, ao tracionar o lábio superior, aparece uma área isquêmica, com retração e mobilidade da papila palatina. A confirmação dessa condição significa que ainda existem fibras cruzando a linha média dos dentes.

Hábitos de sucção

Os hábitos de sucção, típicos da infância, quando mantidos até a idade adulta, podem alterar o desenvolvimento regular das mandíbulas, causando sintomas de má oclusão.

Hiperatividade lingual e macroglossia

O excesso de pressão e/ou o tamanho da língua provocam um desequilíbrio entre os músculos linguais e periorais, de modo que as arcadas dentárias aumentam o seu perímetro e, consequentemente, os dentes se separam.

Distúrbios de erupção dentária

As alterações de erupção podem ser de natureza diversa, como traumatismos na dentição, mesiodente, erupções ectópicas, entre outros.

Patologias císticas

Enquadram-se, nessa categoria, condições como os cistos radiculares e os odontomas.

Doença periodontal

A doença periodontal provoca uma perda de suporte ósseo, associada à inflamação das estruturas periodontais, sendo uma das principais causas da perda dentária e do diastema.

Enfermidades sistêmicas

Entre as enfermidades sistêmicas que podem causar a diastema, temos a talassemia, acromegalia, doença óssea de Paget, osteomalacia, displasia fibrosa, síndrome de Cushing, doença de Addison (insuficiência adrenal primária) e síndrome de Down.

Quais são as consequências?

Na grande maioria dos casos, o diastema provoca mais desconfortos estéticos do que complicações para a saúde. Não obstante, para alguns indivíduos, sobretudo crianças, a separação entre os dentes pode causar distúrbio fonético, tais como a emissão de sons indesejados e dificuldades de entonação.

Pacientes com diastema sobre os dentes diretamente responsáveis pela função de mastigação, localizados no fundo da cavidade oral, tendem a apresentar complicações em sua saúde bucal, acumulando restos de alimentos nesses espaços e desenvolvendo inflamações gengivais.

Nessas situações, é imprescindível observar um cuidado redobrado na escovação e na utilização de fios dentais.

Como corrigir e tratar?

Como nem sempre o diastema está associado a riscos para a saúde, muitas pessoas decidem fazer tratamentos para melhorar a aparência de seus sorrisos.

Ortodontia

O diastema pode ser facilmente corrigido com um tratamento ortodôntico. Mesmo nos casos em que apenas dois dentes são afetados, o paciente deve usar um conjunto completo de aparelhos, pois os movimentos de uma ou mais peças afetam o posicionamento de todos os dentes.

A despeito do fato de o tempo de tratamento ser consideravelmente maior, a ortodontia permite corrigir gradualmente a posição dos dentes, proporcionando o fechamento completo do diastema, o alinhamento de todas as pelas e uma mordida adequada.

Frenectomia

No caso de pacientes com frênulos labiais muito grandes, existe um procedimento cirúrgico relativamente simples, denominado frenectomia, que visa reduzir suas dimensões e, assim, diminuir o espaço entre o par de dentes.

Em crianças, a frenectomia é, geralmente, o suficiente para fechar a lacuna entre os incisivos, à medida que o freio deixará de exercer pressão sobre eles e os dentes se desenvolverão normalmente, sem lacunas.

Em adultos, porém, pode ser necessário realizar tratamentos ortodônticos complementares.

Facetas dentárias

Para os pacientes com mordida adequada e dentes pequenos, as facetas dentárias configura-se como a melhor solução para corrigir, de maneira rápida e simples, a separação entre os dentes.

As facetas dentárias integram os tratamentos de odontologia estética que são empregados para deixar o sorriso mais belo. As facetas modificam a face visível dos dentes, com materiais como o compósito ou a porcelana, que imitam a forma e a cor natural dos dentes.

Existe aparelho para esse problema?

Os tratamentos para o diastema, cujo objetivo é unir ou fechar os dentes que estejam afastados, podem se diferenciar significativamente uns dos outros, segundo a causa que provoca essa imperfeição.

O tratamento ortodôntico é o mais procurado, principalmente por jovens e adolescentes, embora também seja frequentemente indicado a pacientes adultos. Esse tratamento requer o uso de um aparelho dentário ou ortodôntico, a fim de alinhar ou corrigir o posicionamento dos dentes.

Após o diastema ter sido fechado, é necessário recorrer à contenção fixa (por meio de uma férula) e remover o aparelho dentário para evitar que os dentes se afastem novamente, uma vez que as probabilidades de recidiva são consideravelmente maiores nesse tipo de condição anômala.

O tratamento é realizado por meio de pressões exercidas sobre as peças por um aparelho, a fim de juntar os dentes selecionados conforme a realização de um diagnóstico especializado.

A resolução do problema é possível pelo efeito dessa pressão, efetivando a correção e alinhando o posicionamento da arcada dentária.

Quanto à duração do tratamento, tudo dependerá das técnicas empregadas e da localização e tamanho do diastema existente.

Em termos gerais, o tratamento ortodôntico leva de 1 a 3 anos para ser concluído, exigindo uma consulta mensal para ativação e controle do aparelho dentário.

Uma das mais importantes vantagens dessa técnica reside na possibilidade de preservar a integridade dos dentes, o que não se dá quando os pacientes recorrem às próteses fixas que, via de regra, implicam em algum comprometimento e invasão estrutural dos dentes.

É possível identificar e subdividir os diversos tipos de aparelhos dentários ou ortodônticos em:

  • Aparelhos fixos: são considerados, apenas, para a correção em adultos e adolescentes;
  • Aparelhos móveis ou removíveis: são indicados, habitualmente, para as crianças (embora não o sejam para o tratamento específico do diastema).

 

Cumpre ressaltar que a decisão de recorrer ao aparelho ortodôntico como meio para realizar a correção do diastema depende da avaliação de um médico dentista, cujas funções envolvem informar aos seus pacientes a respeito dos pontos negativos e dos pontos positivos inerentes a esse método.

Esse esclarecimento deve ser acompanhado, idealmente, de uma apresentação das demais soluções e tratamentos para fechar o diastema – contribuindo, assim, para que os pacientes tenham as condições necessárias para fazer escolhas bem informadas.

Se, por exemplo, o tratamento não for adequado ou, até mesmo, desejado por um paciente adulto, é possível proceder ao fechamento do diastema e seus espaços por meio da colocação de uma prótese fixa.

Isso pode ser feito com a colocação de coroas, facetas dentárias ou pontes nas peças em questão, a fim de aumentar o tamanho de sua coroa até que elas se toquem. Nesse caso, intervenções mais invasivas podem ser necessárias, com menor ou maior desgaste das superfícies dentárias, de forma a aplicar as pontes fixas, coroas ou facetas.

Em certos casos, a tarefa de preencher o espaço entre os pares de dentes implica recorrer a incrementos de resina, que podem funcionar suficientemente bem em situações nas quais um dente está apenas levemente afastado do outro.

Em pacientes que apresentam pares muito separados, a utilização da resina para o fechamento do diastema deixa de ser um recurso indicado, à medida que tendem a descolar ou fraturar com certa facilidade, sendo mais recomendável colocar facetas ou coroas em cerâmica ou porcelana – materiais que, além de serem mais estéticos, também são mais resistentes.

Se a separação das peças tiver sido causada pela baixa inserção do frênulo labial, o tratamento requererá cirurgia e, assim, o corte e a secção das fibras que o integram.

Todavia, esse simples procedimento cirúrgico só deve ser levado em consideração após a confirmação, por parte do médico, da erupção dos dentes incisivos laterais.

Em certos casos isolados e muito específicos de diastema, o médico dentista poderá considerar a colocação de implantes dentários. No entanto, isso apenas será viável se houver espaço, condições estruturais favoráveis e se o resultado estético não prejudicar, atrapalhar ou gerar benefícios inferiores a outros tipos de soluções.

É preciso gastar muito dinheiro para obter uma correção?

O preço que você terá de pagar para corrigir o diastema varia conforme o tratamento que será efetuado. Os preços tendem a apresentar maior variação caso você opte por recorrer à ortodontia (embora existam diversas técnicas ortodônticas de correção com os mais variados preços).

Tenha em mente que a dimensão do diastema exerce influência direta sobre o tempo do tratamento e, consequentemente, sobre o preço do tratamento.

 

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