O sistema cardiovascular é composto pelo coração e vasos sanguíneos.mantendo relação com a circulação sistêmica e pulmonar.
A classificação das cardiopatias baseia-se em conceitos fisiopatológicos da lesão cardíaca existente,que caracterizam uma entidade clínica.Desta forma,temos: coronariopatias,miocardiopatias,valvopatias,cardiopatias congênitas,arritmias cardíacas,cardiopatia hipertensiva,pericardites e doenças da aorta.
Em cada um desses grupos enquadram-se pacientes com riscos e prognósticos distintos,pois,podem apresentar:
- História de realização de procedimentos intervencionistas e/ou cirúrgicos como estratégias terapêuticas que podem por sua vez resultar em cura da cardiopatia,em limitações de atividades que antes não havia,mas aumentam a sobrevida,em melhora parcial da situação pré-existente ou em óbito decorrente de complicações somadas à gravidade da cardiopatia.
- Subordinação a esquemas terapêuticos medicamentosos que exigem monitorização e exames laboratoriais periódicos.
- Necessidade de acompanhamento clínico e exames periódicos para conhecimento de evolução ou estagnação da doença cardíaca.
Portanto,não há que se confundir gravidade da cardiopatia com cardiopatia grave,uma entidade médico-pericial.O que determina ser o paciente portador de cardiopatia grave é quando há total e definitivo impedimento das condições laborativas e sua expectativa de vida é reduzida ou diminuída em decorrência da total limitação da capacidade física e funcional,constatadas por meio do exame clínico,exames diagnósticos e diagnóstico da cardiopatia.Tal classificação engloba tanto cardiopatias agudas como crônicas,dependendo dessa limitação,da dependência de suporte farmacológico e/ou mecânico.Classifica-se como cardiopatia terminal quando não há resposta aos recursos mencionados e à terapia cirúrgica ou não indicação para transplante cardíaco para correção do disturbio de base,devido à gravidade o quadro clínico ou comorbidades associadas.
É possível depreender que a mesma cardiopatia pode se apresentar com diferentes níveis de gravidade,nos diferentes momentos,dependendo da aderência do paciente ao tratamento e da evolução ou não da doença.
No Brasil,segundo dados do Ministério da Saúde de 2006,dos cerca de 32% dos óbitos por DCV,23%ocorrem em consequência do infarto agudo do miocárdio (IAM).O que significa dizer que 69.493 mortes ocorreram por IAM e correspondeu a 9,4% do total de mortes no país.A doença hipertensiva e a insuficiência cardíaca ocupam o 8º e 9º lugar,com 36.710 (3,7%)e 31.054 (3,4%)mortes,respectivamente.
Sendo assim,o relato do paciente dizendo ser portador de uma cardiopatia,não alega subsídios ao CD para realizar qualquer tipo de intervenção neste indivíduo. A discussão sobre as diferentes cardiopatias exige um extenso espaço,sugerimos que o leitor procure aprofundar seus conhecimentos e assim dar total apoio no tratamento do cardiopata.