Muitos jovens e até crianças apresentem problemas de má formação da arcada dentária. Estes diagnósticos podem ser identificados por conta da estrutura com má formação, que levam aos mais diversos tipos de tratamento ortodônticos. Quando o quadro indica mordida cruzada, dente encavalado e torto ou bruxismo, pode ser o momento de apelar para o expansor palatino, nome dado ao aparelho no céu da boca, responsável por resolver a situação e tornar a sua cavidade bucal com o formato normal e saudável novamente.
As clínicas de confiança como a Sorridents indicam vários tratamentos, mas por apresentar uma alta taxa de aceitação e de sucesso, acaba por ser um dos mais populares tratamentos ortodônticos que existem na atualidade.
As vantagens estéticas em relação aos outros tipos de intervenção também fazem do aparelho no céu da boca, uma solução bastante procurada por quem apresenta problema no palato.
O que é o expansor palatino?
Aparelhos ortodônticos são conhecidos há muito tempo pelas pessoas. Muitas delas, em algum momento da vida, fez uso de um deles para corrigir ou prevenir algum potencial problema que ameaçava surgir. Há alguns anos, eles eram grandes, desajeitados e aparentes, fatores que afastavam muitas pessoas de buscar tratamento adequado.
Assim como em muitos campos, na odontologia houve um desenvolvimento nas técnicas e na parte estética no quesito criar aparelhos que fossem mais confortáveis, eficientes, simples e discretos, para atender não somente às necessidades ortodônticas da má oclusão do paciente, mas também as estéticas.
Afinal, problemas dentários podem afetar a autoestima de uma pessoa e ajudar a desenvolver doenças psicológicas, como a depressão.
Foi neste processo de encontrar aparelhos mais modernos que foi criado o expansor palatino. Ele tem uma função específica de expansão do céu da boca ou palato, é instalado nos dentes posteriores através de anéis (bandas ortodônticas) colados com um cimento específico de dente, ficando encostado no céu da boca. Foram desenvolvidos na odontologia na especialidade de ortodontia vários tipos de aparelhos que, para cada um, é destinado a cada disfunção da má oclusão apresentada pelo indivíduo.
Para que serve o aparelho no céu da boca?
O palato é uma membrana que separa a cavidade bucal das fossas nasais e onde se distinguem duas partes.
O palato duro, também conhecido como abóbada palatina, a que correspondem os dois terços anteriores, tem uma forma arqueada e é constituído pela união dos ossos maxilar superior e palatino. A sua superfície é forrada pela mucosa oral e continua diretamente para a parte interna da gengiva superior. O centro está dividido por uma proeminência linear conhecida como cordão palatino, correspondente à união dos ossos palatinos.
O palato mole, também denominado véu palatino, ao qual corresponde o terço posterior, é uma estrutura suave e parcialmente móvel, que separa a cavidade bucal da faringe num estreitamento denominado istmo das fauces. É composto por fibras musculares cobertas pela membrana mucosa e dispõe de estruturas particulares na borda inferior: os pilares do véu palatino, duas colunas que constituem os limites laterais do istmo das fauces, e a úvula (ou campainha), pequena formação que pende para a parte central.
Enquanto o palato duro serve para oferecer uma certa resistência à língua durante a mastigação e a deglutição, o palato mole encarrega-se de bloquear a passagem dos alimentos para as fossas nasais no momento de os engolir.
Tipos de aparelhos no céu da boca
Como foi dito anteriormente, não existe somente um tipo de expansor palatino, mas uma série de variações para que o tratamento se adeque aos diferentes casos em que o palato apresenta má formação.
Os aparelhos diferem, principalmente, em estrutura e método de evolução, sendo três deles os mais usados, segue abaixo:
Hyrax
O Hyrax é o aparelho do céu da boca mais utilizado, principalmente se o paciente é uma criança com dentição mista e ainda não entrou na puberdade.
Ao se atingir certa idade, o palato não se calcificou completamente, permitindo que o uso de um expansor palatino corrija rapidamente o problema e expanda a arcada dentária superior com mais facilidade, fazendo com que a solidificação da estrutura fique em uma posição mais ideal após a consolidação.
Ele possui o formato mais básico entre os três principais modelos de aparelhos para o palato. Existe um eixo central que fica localizado no céu da boca e quatro suportes (dois posteriores e dois anteriores) que são presos cada um a um dente por um anel, chamado de banda.
A peça centralizada exerce uma força sobre seus suportes que “empurra” os dentes, ampliando a arcada dentária superior. A vantagem do Hyrax é que ele é ajustável. Por isso, não precisa ser trocado sempre que há uma ampliação do palato.
O ajuste pode ser feito pelo próprio paciente quando o dentista recomendar. Essa facilidade permite que os resultados sejam atingidos mais rapidamente e que o tratamento não exija a constante troca de expansor.
McNamara
Quando o paciente não permite o uso do Hyrax por apresentar um quadro mais complexo ou um cenário em que os suportes do mesmo não sejam compatíveis com a necessidade, impossibilitando que eles sejam fixados aos dentes, a solução é o aparelho no céu da boca do tipo McNamara.
O eixo principal ainda existe, mas os quatro suportes são substituídos por algo mais complexo: cobertura de acrílico que é moldada a partir da própria arcada dentária superior do paciente que usará o expansor palatino – geralmente, quatro dentes de cada lado da boca são utilizados como molde para o aparelho.
As diferentes cores do acrílico, mas as mais comuns, coloridas, podem deixar um leve destaque na boca ao sorrir. Mais uma vez, o eixo central serve para ajustar o aparelho à largura da estrutura óssea do céu da boca, não sendo necessária a substituição recorrente do expansor cada vez que um novo resultado aparecer.
Haas
Ele segue a mesma premissa do primeiro: apresentar um eixo central e quatro suportes laterais para dentes diferentes, servindo como pontes de fixação. Porém, assim como o segundo, existe uma placa de acrílico que é fixada ao céu da boca. Isso dá um suporte maior ao aparelho, permitindo que ele exerça mais força sobre os dentes.
O problema deste tipo de aparelho é que a sua confecção é mais complexa que as duas outras opções, assim como os procedimentos para a sua higienização, aumentando o risco de se contrair infecções e outros problemas comuns à falta de higiene bucal. Desta maneira, ele acaba sendo preterido pelo Hyrax e pelo McNamara, sendo utilizado apenas quando não há alternativa.
Quais os benefícios de apostar no tratamento?
Quando o paciente apresenta deficiência em sua mastigação pode-se desencadear sérios problemas de saúde. Por isso, quando em uma criança ou mesmo no adulto é observado a má oclusão, deve procurar um profissional para que isso seja avaliado e corrigido. Sendo assim, vale muito a pena apostar na instalação de um aparelho no céu da boca para corrigir a má formação dos dentes superiores.
Os dentes desalinhados podem fazer com que uma pessoa tenha dificuldades para se comunicar e o aparelho resolve isso, ainda que nos primeiros dias de uso ele possa fazer com que seja um pouco difícil de falar (é apenas uma questão de se acostumar com a novidade).
Estes aparelhos também ajudam na mastigação, sendo que o problema no palato, geralmente, é o desenvolvimento da mordida cruzada. A mordida cruzada e quando um ou os dois lados da boca possuem a posição dos dentes de cima inclinados para dentro dos dentes inferiores, cruzando assim a mastigação. Corrigindo essa questão, mastigar alimentos nunca mais fará com que você sinta dor, além de outras eventuais situações que poderiam aparecer no futuro.
Como vantagem, o uso do aparelho no céu da boca na sua fase jovem é a maneira mais fácil de corrigir a má formação dos dentes superiores. Uma vez que o palato está completamente desenvolvido, apenas a extração dentária se torna um método eficiente para solucionar a questão.
Além de ter que passar por um procedimento mais agressivo, isso te obrigará a ter cuidados mais delicados e maior tempo de recuperação para voltar a ficar 100%.
Por fim, existe a questão estética, uma vez que ter dentes alinhados dá a você um sorriso muito mais bonito.
Aparelho no céu da boca machuca a língua?
Na maioria dos casos, o expansor palatino não deve causar nenhum tipo de dor, muito menos na língua. Existem alguns poucos pacientes que relatam dores, mas nenhuma delas nesta região específica.
O incômodo acontece ainda antes da instalação do aparelho no céu da boca, porque, com dois dias de antecedência, os dentes são bandados (recebem os anéis metálicos), período em que pode haver algum desconforto.
Se após a instalação, houver qualquer tipo de dor, seja na língua ou em outra região da boca, é necessário que a clínica seja procurada o quanto antes para que o dentista avalie o que está acontecendo com o paciente.
Como limpar aparelho fixo no céu da boca?
Primeiramente, é preciso ter a consciência de que o expansor palatino exige cuidados maiores, para preservar a sua estrutura e a sua saúde bucal.
Como ele não é removível, é um pouco mais complicado de limpá-lo diariamente, mas com o tempo você se acostuma e o processo passa a se tornar mais simples. Basta escovar bem os dentes, usar fio dental e enxaguante bucal. Porém, isso não é feito de qualquer forma e somente o dentista pode te ensinar a maneira correta de fazer a higienização.
Isso porque cada caso é um caso e os aparelhos são diferentes entre si. Portanto, uma técnica para o paciente que usa o Hyrax pode não ser útil (ou até prejudicial) para aquele que tem em sua boca a estrutura McNamara.
Aliás, dependendo do seu caso, pode ser que a sua dieta sofra alguma alteração e que alguns alimentos passem a ser proibidos para não prejudicar o expansor.
Aparelho no céu da boca para corrigir a mordida
O desalinhamento dos dentes gera um problema conhecido como mordida cruzada .
Quando a pessoa fecha a boca, a arcada superior não “encaixa” com a inferior, ficando próximas da bochecha ou da língua, tornando o sorriso torto. Ela pode ser posterior, quando os dentes superiores ficam atrás dos dentes inferiores, ou anterior, quando a situação é invertida.
Mais do que somente um problema estético, a mordida cruzada traz diversos riscos à estrutura da arcada dentária e à saúde bucal do paciente, como o bruxismo ou o desenvolvimento de cáries, uma vez que essa condição torna mais difícil a higienização completa da boca.
A mordida cruzada é um quadro que se desenvolve durante a infância e adolescência e não se normaliza sem a intervenção ortodôntica (uso de aparelho, cirurgia ou, em casos mais avançados, remoção do dente). Desta maneira, é necessário consultar uma clínica de confiança para entender melhor o diagnóstico e saber como agir.
Quando a mordida cruzada for detectada ainda no estágio inicial (em crianças e adolescentes que ainda estão com o corpo em desenvolvimento), o aparelho no céu da boca é o tratamento mais conhecido para corrigir o problema.
Isso é importante pois, além de corrigir o sorriso, evita que outros problemas se desenvolvam. Pacientes com mordida cruzada reclamam de dores nos ombros e no pescoço, frequentemente mordem acidentalmente bochechas, língua e gengivas, além de apresentarem desgastes nos dentes e doenças nas gengivas.
As causas da mordida cruzada são três:
- A primeira delas é a hereditariedade, que faz com que o paciente tenha uma genética que facilita que algum osso da boca cresça de forma desordenada, impedindo que os dentes fiquem alinhados.
- A outra é um atraso no crescimento dos dentes, fazendo com que as partes: superior e inferior tenham tempos diferentes de desenvolvimento. Além da mordida cruzada, essa condição pode deixar dentes afastados um dos outros.
- Mais uma causa é chupar dedo, uma ação que pode fazer com que o palato se desenvolva menos que as demais estruturas da boca, impedindo que os dentes se alinhem como deve ser.
- Em alguns casos mais raros, problemas nas anatomias do nariz ou da garganta fazem com que uma criança fique respirando pela boca. Essa condição pode retardar o desenvolvimento do maxilar e fazer com que o desalinhamento dos dentes apareça.